sábado, 19 de setembro de 2009

Pão Integral com Queijo



XII Encontro de Associações Juvenis do Distrito da Guarda na Miuzela do Côa em Setembro 2008

Uma rapariga pediu-me para lhe dedicar uma música e eu sugeri para fazermos uma.. e ela ajudou na letra e saiu assim.


"Pão Integral com Queijo"

Comeu queijo durante 3 dias
Houve noite de folia
E o pão integral, comeu-se
E até nem soube nada mal

Uma casa partilhada
Uma casa aconchegada
Uma chata querida
Um bocado perdida

Não sei porquê
Ela veio cá ter

Ela só me beijava
À distância
Cintura de vespa
Sinal de elegância

O Rio




XII Encontro de Associações Juvenis do Distrito da Guarda na Miuzela do Côa em Setembro 2008

A versão original desta música viu o nascer do Sol no Verão de 1999, tinha a letra em inglês e era com um ritmo mais ligeiro, punk. E apesar de nesse ano, o tal Rio estar com pouca corrente por causa da construção de uma barragem perto, poucas pessoas iam lá mas eu ia lá frequentemente (como todos os anos).

Sem pessoas, apenas eu e o Rio partilhamos.


"O Rio"

Há um sítio onde pára o Tempo
Nesse sítio onde o Tempo pára
E toda a liberdade que o Verão traz
Sei que me vai trazer boas lembranças

Não quero ser lixo nuclear
Quando o Rio me abraçar
E a Praia do Tempo está na minha mente
Que eu sei, posso alcançar

Todas as coisas que a harmonia traz
Sei que posso com elas
Eu quero ser o amor de alguém
Alguém que me queira também

Eu quero ser
O que o Rio trouxer

terça-feira, 14 de julho de 2009

Olha Por Ti




Actuação no Festival de punk-rock "Beja Aqui" na cidade de Beja em 2008.


"Olha Por Ti"

Se ler um livro te dá satisfação
Como serias?

Se passares por esse sítio que a muito caminhaste
O que pensarias?

Se algo te incomoda que tem véu e flutua
Será que em fantasmas acreditarias?

Olha por ti

Se ela te vier cumprimentar, alguém que esquecestes
Como agirias?

Se alguem abrir uma loja ao lado da tua
O que farias?

Se alguém olhar por ti e se esse alguém fores tu
Será que um obrigado darias?

Olha por ti

domingo, 7 de junho de 2009

Um passo pra trás e dois pra frente - A pequena formiga




Um rapaz viajava com a sua viola apenas. Enquanto caminhava sobre uma estrada solitária algures na beira alta, cantarolava esta canção:

"Um passo pra trás e dois pra frente"

E é sempre assim
Um passo pra trás e dois pra frente
A máquina a aquecer
Esta a ficar quente
Um passo pra trás e dois pra frente

E os pés a assar
É sempre a caminhar
Depressa e com calma
Para chegarmos ao nosso lugar

Eu não preciso
De nenhum cavalinho
Pois tenho as minhas perninhas
Que muito estimo

E a estrada parece não ter fim
Parece brincar comigo
Sabe que é por isso que eu vim
E a estrada parece não ter fim
Vai até além
E a paisagem parece-me bem


Afinal a estrada dava a uma aldeia que desconhecia. Logo ao lado da placa que dizia a localidade, estava um contentor de lixo e ao lado deste um gaiato que depois de desenbrulhar um rebuçado deitou o papel pró chão. E o nosso viajante dedicou-lhe esta música:

"A Pequena Formiga"

À tempos fui almoçar com o meu patrão e com a sua esposa a um restaurante muito elegante. Foi então que ela decidiu pedir uma sobremesa muito boa e muito cara mas deixou tudo no pratito. Então o meu patrão todo irritado perguntou, porque não comes a sobremesa e ela com um ar de vaidade diz, ai porque ja passou de validade. E eu digo, se já passou de validade dê isso à caridade, dê isso a mim. Então foi o que ela fez e eu comi!

É como a formiga que sabe o que quer
Porque ela vai buscar o que deixas na colher

E nos casamentos quando há aquela fartura toda?! Ai eu comia tudo até a noiva. Mas dizem que faz mal ao coração e ao colesterol, mas a verdade é que lá fora há gente a morrer a fome e mesmo aqui em Portugal os vagabundos dizem, ai dê-me de comer que eu faço a reciclagem.

Descobri a minha tendência psicotrópica, psicadélica e esquisofrénica porque pego tudo o que encontro no chão. Levo para casa para ver se tem alguma utilidade. Chama-se a isso reutilizar meus senhores.. nada se perde nada se cria, tudo se transforma ja dizia o meu primo César, que é de Quimica..

Tenho a ligeira impressão que o mundo no futuro vai ser dominado pelas pequenas formigas daquelas insignificantes. Perguntas tu porquê? Porque elas sabem reutilizar e reciclar e nós não fazemos nada disso e elas vão dominar e conquistar. Por isso temos de ser como.. a formiga que sabe o que quer porque ela vai buscar o que deixas na colher.

Quando a vemos andar pelo chão a fazer não-sei-o-quê, afinal anda a procura do que deixaste na colher.

Esta batalha é na mente




O rapaz da viola ficou com fome. Ao entrar num bar os nativos do sítio olhavam-no como se fosse um forasteiro. Sentiu tensão no ar quando se aproximou da balcão para ir pedir uma água (uma água?!) e uma sandes.. foi quando ouviu esta música na radio:


"Esta batalha é na mente"

São sempre estes fantasmas que vêm ter comigo
Até parece que sou um gato nos olhos de cães famintos

Seguro-me dificilmente
Esta batalha é na mente
Contenho-me dificilmente
Esta batalha é na mente

A mesa está coberta por cinzas de cigarro
A minha pele está coberta por pequenas moléculas de água

Sempre que te tornas ofensivo
Procuras apenas por problemas
Pra próxima vez, em vez de arranjares confusão
Sê a vítima em vez do grande parvalhão

Aquilo que te dizem que é




Pegou na sandes e na garrafinha de água e saiu depressa daquele sítio.. Ao aproximar-se de um banco para se sentar e comer a sandes, viu que estava um grupo de adultos a jogar petanque. Chegou perto deles e decidiu tocar isto:


"Aquilo que te dizem que é"

E eu acredito que sabes bem
O que estas a fazer
Mas não o fazes por ti
Fazes por quem te esta a ver

Mas não sabes o que é a liberdade
Só sabes aquilo que te dizem que é

Muito respeitado e falado
No teu pequeno meio
Limitas-te a guiar
Pelo guião do teu parceiro

A Maneira Como Olhas Para Mim



Entretanto havia outras actividades a decorrer naquela aldeia. Era afinal uma semana dedicada às festanças, por isso o nosso viajante caminhou até encontrar algo diferente. Ao passar por um cartaz, fica a observar a programação. ..e nisto aparece um rapaz a dar-lhe saudações e a dizer que seria muito bem vindo para as diferentes actividades da territa. Com o rapaz da aldeia estava também uma rapariga, que por sinal era a irmã. O nosso viajante como tem um coração
grande, grande coração de facto onde cabem muitos e grandes amores, apaixonou-se logo por ela por isso tocou esta canção linda:


"A maneira como olhas para mim"

Deus deu-nos este momento para aproveitar
5 segundos que vão ter de chegar
Suficientes para dar a troca de olhares

A maneira como olhas para mim
Só melhora, batimentos cardiacos
A 500 km/h

Mas tu sobre mim não sabes nada
Dizem que sou santo e de facto não sou
Adoro o teu sorriso e mesmo que fingisses
Eu iria contar na mesma a piada

Mas tu sobre mim não sabes nada
Algo mais vou ter de te contar

Presta Atenção




Que bom é a amizade. Os 3 passearam juntos pela aldeia e o guia sábio contava os boatos mais divertidos e os acontecimentos mais insólitos da terra. Ao longe ouviram risos de crianças. Foram ver e era um teatro de marionetes. A peça era acompanhada por uma música de fundo. Estava toda a gente ali a apreciar a peça quando de repente o giradiscos parou e começou a fumegar. Estava estragado! Não há problema porque temos aqui as vozes e uma viola, por isso há como entreter. E foi assim:


"Presta atenção"

Presta atenção
Que a história não é em vão
Lindas histórias que te levam pro lugar
Onde todos nós queremos estar

E o que é que tenho eu pra te dizer?
Seja qual o problema que possa aparecer
Não culpes a vida, não a critiques
Só porque te esta a apetecer

Presta atenção a quem te quer bem

E se um dia te encontrares sozinho
Não tenhas pena por te achares pequenino
E eu acredito e deposito
A minha esperança em ti

Presta atenção a quem te quer bem

terça-feira, 24 de março de 2009

Uma Questão de Perspectiva




Toda a moral analisa a relação entre acção e consequência e a teoria dos seus motivos é uma questão de perspectiva. O olho analítico percepciona a imagem que através da lente, por um pormenor biológico, chega até ao nervo óptico do olho do dono da identidade referênciada.

É ao ver aproximar, na praia de Milfontes, uma criatura de tamanho hipotéticamente enorme que se fica com um aumento de adrenalina no sangue proveniente das glândulas supra-renais para modificar fisiológicamente e temporariamente o veículo transportador de vida. Trata-se da prática involuntária do medo.

Mas a planta Dente-de-Leão é conhecido no nordeste do Brasil por Esperança. É também o Dente-de-Leão que possui algumas propriedades medicinais:

- a raiz é usada como tônico, purificador do sangue
- indicada para reumatismos
- usado como diurético, laxativo e para facilitar a digestão e estimular o apetite
- é indicado para hipertensão e deficiência cardíaca

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pardalus Arborium Alienium




Ri-te q rir faz bem. Da piada.. de tanto riso vêm os abdominais defenidos. Só faltaram entrar fantasmas e caveiras na curta. Um dia dedicado à canoagem na Praia do Ribatejo no rio Zezêre, deu oportunidade no final da tarde, a uma história sobre OVNIS, mutantes disfarçados e nésperas que eram afinal ovos. Até podiam ser cozinhados numa panela para uma refeição.

- E isso tudo aconteceu-te numa hora em que estavas à espera do comboio para voltar.
- Vais tornar a ir lá para fazer canoagem?
- Se não for pela canoagem que seja para ir ver o sitio onde aterrou o OVNI.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Solidão igual a minha



Um fim de semana em casa, sem nada para fazer é condição ideal para uma pessoa estar aborrecido.. ou então aproveitar para fazer uma brincadeira.

Tempo livre esgota-se portanto há que aproveitar. Aproveita-se sozinho. Penso muito sobre isso. Solidão sentes se a tua companhia não for suficiente. No final o que te resta senão tu próprio? Tu és o melhor actor da tua vida.

Eu sei que tenho razão. Quanto mais se pensa sobre isso, menor a probabilidade de estar errado.