terça-feira, 3 de junho de 2008

A passear a guitarra



Filho de pais emigrantes, Gabriel Gonçalves nasceu em Singen, no sul da Alemanha. Foi aos seus 11 anos que resolveram voltar definitivamente para Portugal. Aos 13 entra num seminário onde aprende viola e que não dá uma pra caixa, mas como espirito rebelde era mesmo esse o efeito que desejava provocar. Andou 3 anos no seminário para descobrir que afinal não havia vocação. Entra no secundário aos 16 e num inverno, Natal muito frio, recebe a sua guitarra que ainda agora cuida com carinho e estimação. Era completamente negra, talvez pra reflectir a sua fase na vida. Começou então a aprender como auto-didacta e como mentores apontava para direcções artisticas do género dos Nirvana, Green Day e Ash. Para aprender a escrever música dedicou-se a escrever uma espécie de diário em que cada letra seria um relato lírico de dias marcantes. As letras seriam todas em inglês e os seus temas passavam por críticas à sociedade, melancolia e depressão. Mas depressa resolveu pintar a guitarra de azul cor do céu, mais uma vez devido ao seu estado de espirito, desta vez optimista. "Azul faz feliz!" Este género de diário foi feito nos anos de 1995, 1996, 1997, 1998 e 1999. Totalizando mais de 200 letras com música. Aos 19 anos entra na universidade de coimbra e quiça tenha sido por isso que se desleixou um tanto ou quanto na música, pois teve mais coisas em se preocupar como por exemplo as borgas, gajas, passear os livros mas principalmente as projecções astrais. Foi então que pouco a pouco mas com pujança, se desenvoleu uma nova fonte de inspiração que era a espiritualidade e que viria a ser o tema base no futuro. Foi na introdução de Jeff Buckley, Matthew Bellamy e Jack White, que se dedicou à música a sério para ser também um grande virtuoso na guitarra (coisa que está muito longe de o ser). Auto-iniciou-se para aprender novas escalas, novos ritmos, novos acordes e novas afinações. Finalmente teve direito a um lugar num podium, ou seja, um pequeno palco. Estreou-se pela primeira vez ao vivo no festival Miuzela Radical 2006 onde encantou e desencantou públicos. Sozinho em palco com apenas uma guitarra com braço partido, cordas desafinadas, voz trémula, mãos suadas e um bombo improvisado tocado ao mesmo tempo com pedal feito de uma garrafa de plástico e uma baguette conseguiu manter empolgado uma multidão de 20 pessoas durante 2 horas. Baseia-se na improvização para actuar ao vivo tentando criar momentos únicos de criatividade. Foi então com as críticas construtivas de pessoas que percebem de música, resolveu dedicar-se com mais afinco a este passatempo, para um dia quem sabe.. ganhar uma pipa de massa e poder oferecer o seu emprego a alguem mais necessitado.

1 comentário:

About Winter disse...

e este sim,é o meu Gabriel! :) confesso que adorei rever-te, ouvir a tua voz, ver o sorriso, o movimento das covinhas do rosto... ;) adorei blog, as curtas e as músicas :)
continua querido:) este espaço está super original, fantático e tem pés para andar!
um grande beijinho* saudades das longas conversas e explicações do que eu nunca fui capaz de fazer! ;)

muhaha