domingo, 7 de junho de 2009
Um passo pra trás e dois pra frente - A pequena formiga
Um rapaz viajava com a sua viola apenas. Enquanto caminhava sobre uma estrada solitária algures na beira alta, cantarolava esta canção:
"Um passo pra trás e dois pra frente"
E é sempre assim
Um passo pra trás e dois pra frente
A máquina a aquecer
Esta a ficar quente
Um passo pra trás e dois pra frente
E os pés a assar
É sempre a caminhar
Depressa e com calma
Para chegarmos ao nosso lugar
Eu não preciso
De nenhum cavalinho
Pois tenho as minhas perninhas
Que muito estimo
E a estrada parece não ter fim
Parece brincar comigo
Sabe que é por isso que eu vim
E a estrada parece não ter fim
Vai até além
E a paisagem parece-me bem
Afinal a estrada dava a uma aldeia que desconhecia. Logo ao lado da placa que dizia a localidade, estava um contentor de lixo e ao lado deste um gaiato que depois de desenbrulhar um rebuçado deitou o papel pró chão. E o nosso viajante dedicou-lhe esta música:
"A Pequena Formiga"
À tempos fui almoçar com o meu patrão e com a sua esposa a um restaurante muito elegante. Foi então que ela decidiu pedir uma sobremesa muito boa e muito cara mas deixou tudo no pratito. Então o meu patrão todo irritado perguntou, porque não comes a sobremesa e ela com um ar de vaidade diz, ai porque ja passou de validade. E eu digo, se já passou de validade dê isso à caridade, dê isso a mim. Então foi o que ela fez e eu comi!
É como a formiga que sabe o que quer
Porque ela vai buscar o que deixas na colher
E nos casamentos quando há aquela fartura toda?! Ai eu comia tudo até a noiva. Mas dizem que faz mal ao coração e ao colesterol, mas a verdade é que lá fora há gente a morrer a fome e mesmo aqui em Portugal os vagabundos dizem, ai dê-me de comer que eu faço a reciclagem.
Descobri a minha tendência psicotrópica, psicadélica e esquisofrénica porque pego tudo o que encontro no chão. Levo para casa para ver se tem alguma utilidade. Chama-se a isso reutilizar meus senhores.. nada se perde nada se cria, tudo se transforma ja dizia o meu primo César, que é de Quimica..
Tenho a ligeira impressão que o mundo no futuro vai ser dominado pelas pequenas formigas daquelas insignificantes. Perguntas tu porquê? Porque elas sabem reutilizar e reciclar e nós não fazemos nada disso e elas vão dominar e conquistar. Por isso temos de ser como.. a formiga que sabe o que quer porque ela vai buscar o que deixas na colher.
Quando a vemos andar pelo chão a fazer não-sei-o-quê, afinal anda a procura do que deixaste na colher.
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Esta batalha é na mente
O rapaz da viola ficou com fome. Ao entrar num bar os nativos do sítio olhavam-no como se fosse um forasteiro. Sentiu tensão no ar quando se aproximou da balcão para ir pedir uma água (uma água?!) e uma sandes.. foi quando ouviu esta música na radio:
"Esta batalha é na mente"
São sempre estes fantasmas que vêm ter comigo
Até parece que sou um gato nos olhos de cães famintos
Seguro-me dificilmente
Esta batalha é na mente
Contenho-me dificilmente
Esta batalha é na mente
A mesa está coberta por cinzas de cigarro
A minha pele está coberta por pequenas moléculas de água
Sempre que te tornas ofensivo
Procuras apenas por problemas
Pra próxima vez, em vez de arranjares confusão
Sê a vítima em vez do grande parvalhão
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Aquilo que te dizem que é
Pegou na sandes e na garrafinha de água e saiu depressa daquele sítio.. Ao aproximar-se de um banco para se sentar e comer a sandes, viu que estava um grupo de adultos a jogar petanque. Chegou perto deles e decidiu tocar isto:
"Aquilo que te dizem que é"
E eu acredito que sabes bem
O que estas a fazer
Mas não o fazes por ti
Fazes por quem te esta a ver
Mas não sabes o que é a liberdade
Só sabes aquilo que te dizem que é
Muito respeitado e falado
No teu pequeno meio
Limitas-te a guiar
Pelo guião do teu parceiro
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A Maneira Como Olhas Para Mim
Entretanto havia outras actividades a decorrer naquela aldeia. Era afinal uma semana dedicada às festanças, por isso o nosso viajante caminhou até encontrar algo diferente. Ao passar por um cartaz, fica a observar a programação. ..e nisto aparece um rapaz a dar-lhe saudações e a dizer que seria muito bem vindo para as diferentes actividades da territa. Com o rapaz da aldeia estava também uma rapariga, que por sinal era a irmã. O nosso viajante como tem um coração
grande, grande coração de facto onde cabem muitos e grandes amores, apaixonou-se logo por ela por isso tocou esta canção linda:
"A maneira como olhas para mim"
Deus deu-nos este momento para aproveitar
5 segundos que vão ter de chegar
Suficientes para dar a troca de olhares
A maneira como olhas para mim
Só melhora, batimentos cardiacos
A 500 km/h
Mas tu sobre mim não sabes nada
Dizem que sou santo e de facto não sou
Adoro o teu sorriso e mesmo que fingisses
Eu iria contar na mesma a piada
Mas tu sobre mim não sabes nada
Algo mais vou ter de te contar
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Presta Atenção
Que bom é a amizade. Os 3 passearam juntos pela aldeia e o guia sábio contava os boatos mais divertidos e os acontecimentos mais insólitos da terra. Ao longe ouviram risos de crianças. Foram ver e era um teatro de marionetes. A peça era acompanhada por uma música de fundo. Estava toda a gente ali a apreciar a peça quando de repente o giradiscos parou e começou a fumegar. Estava estragado! Não há problema porque temos aqui as vozes e uma viola, por isso há como entreter. E foi assim:
"Presta atenção"
Presta atenção
Que a história não é em vão
Lindas histórias que te levam pro lugar
Onde todos nós queremos estar
E o que é que tenho eu pra te dizer?
Seja qual o problema que possa aparecer
Não culpes a vida, não a critiques
Só porque te esta a apetecer
Presta atenção a quem te quer bem
E se um dia te encontrares sozinho
Não tenhas pena por te achares pequenino
E eu acredito e deposito
A minha esperança em ti
Presta atenção a quem te quer bem
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